terça-feira, 19 de maio de 2009

Os 12 ciclistas a caminho de Piracicaba


Célia – a idealizadora
A idealizadora da viagem. Piracicabana que pedala pelas ruas de São Paulo sem perder o ar e a graça de quem pedala às margens do Rio Piracicaba. Foi a vítima do “seqüestro relâmpago” da bicicleta na estrada, e mesmo assim não perdeu o animo e a força para continuar os 70 km restantes do pedal. Na chegada em Pira, a família dela nos recebeu com bolo e champagne, bem no estilo receptivo e simpático do piracicabano e que a Célia expressa muito bem como é que é.

Lincoln – o herói
A primeira impressão que se tem dele é de uma pessoa que pedala com sangue quente. Mas na verdade, ele pedala disposto a ajudar qualquer ciclista que esteja em apuros. Por isso, virou o herói da viagem, quando atravessou a rodovia e foi atrás do seqüestrador da bicicleta da Célia. Garantiu a bike de volta, a continuação feliz da viagem e o título de nosso herói.

Gatti – o palhaço
Pedalar ao lado do Gatti é garantia de ótimas risadas. Aliás, é difícil saber quando ele está sendo palhaço de verdade ou de mentirinha. No fim, o que se descobre, é que ele tem alma de palhaço e nasceu para fazer as pessoas sorrirem. Ele é tão divertido, tão divertido, que é possível pedalar ao lado dele num ritmo forte sem perceber que estamos tão forte. A hora que a gente percebe o pessoal lá atrás já sumiu, a gente para, espera, e se diverte com as graças do nosso querido ciclista-palhaço.

JP – o carregador de alegrias
A Kiabin, nome da bike do JP, é que nem coração de mãe: sempre cabe mais um. Aliás, sempre cabe mais alguma tralha no imenso caixote que ela carrega no bagageiro. Mas se a Kiabin tem coração de mãe, o que falar do coração do dono dela? O João, mais conhecido como JP?! Ele pedala forte carregando uns 20 quilos no bagageiro. Tudo o que a gente não agüenta carregar ou não cabe na mochila, o JP carrega com ele sem reclamar. Quem pedala ao lado dele ganha, de brinde, uma excelente trilha sonora para a viagem além de momentos de muita alegria - que deve ser o segredo para ele carregar tanto peso sempre sorrindo, cantando e sem reclamar.

Laércio – o zen
O que eu mais admiro no Laércio é que ele pedala, pedala, pedala e continua com a mesma expressão, o mesmo tom de voz, a mesma serenidade. Ele já deve ter nascido pedalando, ao ponto que o ato de girar o pedal parece natural para ele. Ano passado ele sofreu um acidente e ficou um bom tempinho sem pedalar. O tempo suficiente para deixar muitas saudades. Por isso, pedalar novamente com ele é muito bom. É bom ter esse amigo zen pedalando com a gente de volta. Ah, e a Anita, nome da bike dele, registrou o único pneu furado de toda a viagem – só para não perder o costume, né Anita?!

Sarinha – a guerreira
A Sarinha entrou na estrada sem saber se agüentava pedalar até o próximo quilometro. Ela nunca havia entrado na estrada com a magrela, ela mora longe pra dedéu e teve que virar a noite em claro para conseguir chegar às 6h na Praça do Ciclista, ela estava com o joelho machucado, e mesmo assim aceitou o desafio. Nitidamente ela sofreu. Mas sofreu como uma guerreira determinada a ir até o final custasse o que custasse. E ela chegou, com a ajuda dos meninos-anjos da bicicleta, mas chegou. E voltou para São Paulo determinada a pedalar cada vez mais e viver novas cicloviagens.

Gláucia – a surpreendente
Eu não conhecia a Gláucia, Quando a vi na Praça do Ciclista pronta para encarar esta viagem, fiquei me perguntando se essa menina meiga e tranqüila realmente tinha noção da longa viagem que teríamos pela frente. Não sei se ela tinha noção, mas que ela agüentou firme, isso ela agüentou. E isso é o mais legal em pedalar com ela. Pois você chega a achar que ela é frágil demais para agüentar, e acaba vendo que ali existe uma ciclista surpreendente.

Lucas – o doido
O Lucas pedala como um doido. Do nada ele dispara e some. Some da vista de todo mundo, deixando a gente até preocupado. Quando fazemos a pausa para o descanso nos locais combinados, lá está ele, sossegado, tranqüilo, com a sua Caloi 10 de 1970, comendo algum lanche sinistro como pão com manteiga e bacon! Na última parada da viagem, chegamos lá e ele tinha acabado de “traçar” uma leitoa a pururuca. E ainda sobrou disposição para pedalar mais 40 km de muitas subidas e escuridão.

Giba – o amigão
O Giba é daqueles caras que não tem tempo ruim. Tudo parece estar sempre muito bom para ele – mesmo quando ele cai e abre o queixo, como em Sorocaba. Ele é daqueles amigões que pedalam do seu lado batendo um papo tranqüilo, te dá um empurrãozinho, conta uma história, te incentiva, empresta a bicicleta para você ir ao banco... Ele é tão alto astral que me arrisco a dizer que se alguém nessa viagem tinha pique para voltar pedalando, esse alguém era o Giba. Tenho certeza que ele não ia reclamar.

PC – o silencioso

Em toda a viagem devo ter ouvido a voz do PC umas três vezes. Não sei se é porque não pedalamos muito próximos ou porque ele é silencioso mesmo. Mas ele é tão quieto que é impossível de saber se em algum momento ele se cansou, ele queria parar, se estava curtindo... Em Piracicaba ele nem parecia cansado. Parecia o mesmo que 13 horas antes chegou na Praça do Ciclista se apresentando como “PC”. Talvez ele goste de pedalar como a própria bicicleta: no silêncio.

Guilherme – o emocionado
Pedalar ao lado do Guilherme é ouvir de 5 em 5 minutos um “que lindo!”, “que emocionante”, “que gostoso”... ele se emociona com tudo. Com o som, com o vento, com o sol, com o frio, com uma árvore, com uma paisagem... Essa foi a primeira cicloviagem dele e ele encarou como alguém que está descobrindo o mundo. Cada giro no pedal parecia uma nova descoberta para ele. No final da viagem ele era a alegria em pessoa. Emocionado com cada momento. Tenho certeza que essa foi a primeira grande experiência das muitas que ele terá a bordo de uma bicicleta.

Evelyn – a feliz
Feliz por ter vivido momentos tão lindos com pessoas tão especiais. Pedalar é tão humano, que nos permite se abrir para conhecer pessoas, histórias, lugares que complementam os momentos e fazem do ciclista que você conheceu há algumas horas atrás parecer um velho amigo de infância. Daria a volta ao mundo com essa galera – correndo o risco de morrer no meio do caminho de tanto dar risada!

Toni, Mig e Leandro:
Os anjos da guarda que madrugaram para nos acompanhar até a Rodovia e garantir um acesso seguro, tranquilo e bonito!

8 comentários:

  1. Eve, só pra não descreditar...não foram apenas meninos-anjos que me ajudaram não. Tb recebi ajuda nas subidas da querida Célia. ;) Ela tb merece o crédito! pessoas-anjos enfim XD

    amei
    amei

    bj

    sarinha

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  2. Foi bom demais da conta, sô! Momentos únicos, daqueles que guardamos pra sempre. Que venham mais momentos assim!

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  3. Nossa, acho que você descobriu um 'JP' que nem eu mesmo conhecia! Obrigadíssimo pela companhia e foi um prazer fazer de minha cesta e meu "sound system" um motivo de alegria para todos nesta cicloviagem.

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  4. pq não ouvimos conselho de mãe, ela dizia estuda menino, não estudei e deu nisso, trabalho de fim se semana, mas tá tudo certo.
    PARABENS a todos e ainda me junto a LIGA DOS CICLOTURITAS

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  5. oi, queria saber se vocês ou alguns de vocês moram em piracicaba?
    sou jornalista e estou fazendo uma atéria sobre ciclismo, quero conhecer algum grupo de ciclistas de piracicaba, se puderem me ajudar, eu agradeço.
    Beijo
    Alana Reis
    (emeiodaalana@gmail.com)

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  6. Parabéns para os conquistadores!!! Chegar em Pira sempre traz boas sensações. Esta cidade é mágica....Piracicaba que adoramos tanto......um filho ausente a suspirar por ti!!!!!

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  7. É, Piracicaba é muito bom, pra encontrar os amigos de longa data da ESALQ, só que o duro da cidade é aquele bando de nativo filho da *puta, sem educação, nunca vi nada igual.
    Em Piracicaba é fácil topar com gente mal educada, ninguém te respeita: no trânsito; na rua ... é *foda.

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