Foto: JP Amaral
Eu subestimei a Rodovia dos Bandeirantes. Quando a Célia lançou a idéia de pedalarmos até Piracicaba eu pensei comigo: são 160 km, semelhante a Taubaté, mas provavelmente bem mais tranqüilo que a Ayrton Senna e com bem menos subidas que a Castelo Branco.
Doce ilusão.
A Bandeirantes tem subidas fortes do começo ao fim. Caímos nela no km 19 e a primeira parada foi no km 34. Este trecho é repleto de subidas longas, íngremes e com curvas. Os 40 km em seguida são mais sossegados, mas também com subidinhas cansativas, que fazem você chegar na próxima parada (km 72) com fome, sede e vontade de tirar um cochilo debaixo de uma árvore.
A terceira parada (oficial) foi só no km 125. Por isso os mais de 50 km entre uma parada e outro foram repletos de subidas intermináveis, cenários contrastantes e histórias malucas – como o seqüestro da bike da Célia.
O km 134 foi a despedida da Rodovia, numa retona deliciosa que te joga numa super descida para cair na Rodovia Luiz de Queiroz – essa sim, um verdadeiro eterno mix de subidonas, descidonas, subidonas, descidonas... Mas no final da viagem concluí: a Bandeirantes não é tão moleza como eu pensei. Aliás, arrisco que ela seja mais difícil que a Ayrton Senna e com certeza muito mais cansativa que a Castelo Branco.
Arrisco tanto dizer que ela é a rodovia mais difícil que já pedalei que até toparia encará-la novamente. Só para ter certeza que estou dizendo a verdade – ou não!
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