quinta-feira, 16 de julho de 2009

A chegada na nascente do Caminho: Águas da Prata

Foto: JP Amaral

O Caminho da Fé nasceu em 2003, fruto da idéia e vontade de um grupo de amigos que já havia feito a trilha de Santiago de Compostela algumas vezes e queriam trazer algo semelhante ao Brasil: o país mais católico do mundo. O ponto de partida da peregrinação era a cidade de Águas da Prata – terra natal dos criadores do trajeto - rumo a Aparecida do Norte.


Com o tempo a rota foi se ampliando e surgiram os chamados “ramais”. Os pontos de partida, então, se multiplicaram. Hoje os extremos do Caminho estão nas cidades de São Carlos, Mococa, Cravinhos e Tambaú (veja o mapa). Claro que é possível escolher sair de qualquer uma das cidades, mas para quem tem tempo suficiente para fazer o traçado inteiro, talvez valha a pena sair de um dos extremos.


Como só tínhamos quatro dias e queríamos aproveitar a maior parte do tempo no sul de Minas Gerais, decidimos sair do ponto original, em Águas da Prata. Lá tem a sede do Caminho da Fé, onde já podemos comprar a nossa “Credencial de Peregrino” que vamos carimbando ao longo do trajeto, nos lugares indicados que vamos passando.


Pegamos o ônibus para Águas na quarta a tarde. Tínhamos que chegar na Pousada do Peregrino antes das 20h, pois depois disso eles fecham a casa e não teria ninguém para nos receber.

Nos programamos para sair com folga. No caminho até o terminal Tietê já fomos ensaiando a chorada que teríamos que dar no pessoal da Cometa para convencê-los a despacharmos as bicicletas no ônibus sem estarem em alguma caixa ou embrulhadas em plástico. Mas o milagre já começou ali. Os funcionários foram super solícitos e até reservaram um bagageiro só para as magrelas. Serviço CicloVIP!


Na saída do terminal, adivinhem: trânsito, muito trânsito. A primeira parada foi na cidade de Campinas. O ônibus parou, ficou parado, espera, espera, espera até o motorista anunciar: “ônibus quebrado, vamos trocar de carro”! Descemos do busão e os funcionários já estavam transferindo as bicicletas para o outro ônibus. Trocamos idéias rapidinho, entramos no novo “carro” e seguimos adiante. No caminho muitas paradas e a hora passando no relógio. Na última cidade antes de Águas, São João da Boa Vista, achei que não chegaríamos a tempo. Liguei para avisar e uma moça muito fofa falou que nos esperava.


Por fim, chegamos lá ás 19h55! Da rodoviária já avistamos a primeira seta amarela, que seria o nosso “símbolo-guia” durante todo o Caminho. Nos instalamos na Pousada, que é uma casa onde funciona a sede do Caminho da Fé e há beliches, cozinha e banheiro disponíveis para os peregrinos. Lá já conhecemos um grupo de peregrinos de Rio Claro que também começariam o Caminho, só que a pé, no mesmo dia que a gente. Muitas expectativas e ansiedade.


Antes de descansarmos para começar a jornada, passeamos um pouco pela cidadezinha, que é linda! Lanchamos num boteco e fizemos amizade com um cachorro, que apelidamos de Tadeu. E alguma coisa me diz que esse apelido pegou!!!


O Tadeu nos seguiu até a porta da Pousada. Nos despedimos dele com vontade de levá-lo conosco. Já pensou, um cachorro peregrino?!

Primeira amizade e despedida da viagem!


Algo me diz que se um dia voltarmos para Águas o Tadeu estará lá, atendendo pelo nome que o batizamos. Quando o Caminho da Fé está por trás dos acontecimentos, é possível acreditar em tudo!

Fotos e vídeos AQUI

2 comentários:

  1. Oh Mulher sumida!
    Saudade de vc.
    Vc foi fazer o caminho da fé!
    Ai que coisa boa.
    beijo linda.
    Até.

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  2. Boa Evelyna e JP!

    Grandes guerreiros e peregrinos!

    Chegando em Águas da Prata vou procurar o Tadeu!

    Bjs

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