Pedalar também é sinônimo de relacionamento humano. Não sei se é pelo fato de não ficarmos parados, enlouquecidos e em fúria no trânsito, ou se é porque não temos barreiras, portas e vidros nos separando das pessoas e do ambiente ao redor. Mas, já faz tempo que reparo que as pessoas que pedalam são bem mais felizes, prestativas e confiantes. Ao ponto de que não tenho receio em viajar, receber na minha casa, interagir com pessoas que acabei de conhecer em uma pedalada. A bicicleta afasta muitos medos.
Claro que, ao nos abrirmos dessa maneira para vivermos, corremos um sério risco de descobrirmos novos amigos. E comigo foi assim: desde que comecei a pedalar em São Paulo (já faz um ano!) conheci pessoas tão incríveis que hoje considero grandes amigos.
Agora, desde que comecei com essa idéia de pedalar na Alemanha, passei a trocar e-mails com muitas pessoas que já tiveram experiências parecidas com a que vou ter – ou muito mais intensas -, e que me dão dicas fundamentais para eu me preparar para a viagem. São pessoas que eu nunca vi na vida, mas que se colocam à disposição para ajudar, tirar as dúvidas mais bobas e torcer junto comigo para que tudo seja o mais lindo e inesquecível possível.
O legal disso tudo é quando estes clicoamigos virtuais ganham rostos. A primeira ciclo-amiga-de-dicas-por-e-mail que conheci foi a Pequena Lou. E a conheci de um jeito bem por acaso. Eu estava de bike em uma festa de rua no Campo Belo e ela chegou até mim e perguntou “você não é a Evelyn?”. Confirmei e já questionei também: “e você é a Lou, né?!”. Fui embora dali feliz da vida por ter dado um rosto para essa garota que já me ajudava sem sequer me conhecer e ainda me inspira com uns posts excelentes no blog dela.
Essa semana foi a vez do Dudu Green, do Ciclonômade. Trocávamos e-mails há um bom tempo e ele foi uma das pessoas que me deu as dicas mais legais de viagens de bike mundo a fora. Na época ele estava na Nova Zelândia e eu sabia que ele voltaria por meados de junho. Mas, como um bom ciclonômade que ele é, ele dava uma notícia e sumia por um tempão. Até que fui almoçar com alguns cicloamigos essa semana e dou de cara com quem?! Com ele. Meu cicloamigonômade que ganhou um rosto e companhia para pedalar por São Paulo. Hoje, por exemplo, pedalamos até a Zona Cerealista – outro ponto interessantíssimo da cidade – e já pensamos em outros roles pela cidade, para, de certa forma, eu agradecer as dicas valiosas que ele já me deu!
A verdade é que se não fosse por essas cicloamizades, talvez eu nem teria me animado tanto em pedalar pela cidade. Essa galera é inspiradora e faz a gente acreditar que é possível viver em uma cidade mais humana. Que em São Paulo existe, sim, seres humanos!
Por falar em (ser) humano. Um vídeo maravilhoso que me enviaram esta semana:
AQUI
Continua AQUI
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É isso aí, guria! Força no pé!
ResponderExcluir